Até quando?

... o primeiro grande problema é que o PSD precisa de uma direita coesa e forte mas o segundo é que a direita também precisa de um PSD vivo e confiável! Até quando?

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

A irrelevância dos barões da «Opinião»

O congresso do PSD terminou.
Debateu-se tudo, definiram-se linhas gerais da alternativa a esta «coisa» a que o PS chama governo, elegeram-se os dirigentes e tudo indica que começou uma nova era na oposição.
A acção política deixou de ficar limitada aos corredores de São Bento.
Mas não vai ser fácil ao PSD divulgar de forma perceptível a sua mensagem.
No próprio congresso, lá dentro, a comunicação social mostrou bem a sua disposição.
A SIC Notícias foi mesmo ao extremo de montar um congresso alternativo.
O conhecido comentarista socialista António Teixeira era o líder, o ideólogo que, certamente, ocupou mais tempo de antena do que Filipe Menezes. E deixou bem claro que tem um projecto alternativo ao de Filipe Menezes. E que é o seu projecto que deve ser divulgado …
Os restantes elementos da imensa equipa andaram por lá em busca de palavras soltas e partes de frases, de pequenas contradições, de manifestações de desinteresse e de «notáveis» ausentes ou indisponíveis.
É com comportamentos desta natureza que o PSD vai ter de contar.
Não é, certamente, novidade.
Mas talvez desta vez o PSD seja conduzido a uma utilização mais permanente e eficaz dos seus meios próprios: o jornal do partido, a internet, os sms, as distritais, as secções, os seus militantes.
Por muito que custe a alguns, um militante interessado e directa e devidamente informado vale muito mais na formação da opinião pública do que as manchetes de jornais ou aberturas de telejornais.
Até porque nunca a comunicação social mereceu tanto desinteresse e desconfiança.
E também não será fácil os órgãos de comunicação social confrontarem a opinião pública com o contrário do que as pessoas ouvem, vêem e conhecem.
A medida das audiências é, de facto, um risco demasiado sério …
Talvez seja, por isso, interessante apurar quem é que terá de ceder: o PSD à manipulação ou a comunicação social à opinião pública formada por via directa?
As eleições e o congresso deram pistas.
Para já percebeu-se que os «barões» do comentário, os magnatas da «opinião», não conseguiram convencer ninguém.

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