A contra-propaganda tem sido incansável à volta do congresso do PSD.
Os jornalistas destacados e os comentaristas convidados mostram-se agentes meticulosos no cumprimento da missão.
A audiência é que talvez tenha mudado ... sem eles darem por isso!
Dizia um brilhante pensador que aquilo que se passava em Torres Vedras não era um congresso mas um simples comício.
Ficamos todos impressionados.
Ainda há pouco, na campanha eleitoral, toda esta gente se incomodava com o excesso do combate político; agora excita-se porque não há guerra, tudo está morno e não há bofetada bravia!
Nesta tentativa de docilizar o partido, neste momento as bases do partido, é bem curiosa a táctica apesar de velhíssimos os procedimentos.
As revistas das inutilidades de moral duvidosa são accionadas com as habituais insinuações moralistas acerca da alegada instabilidade pessoal de Filipe Menezes.
O terror do «populismo» é lançado e segue-se-lhe a enorme emoção da chegada ao «comício» de Santana Lopes, dois minutos antes do líder eleito.
Santana Lopes foi cercado e perseguido pelas câmaras e jornalistas. Ele não disse nada mas logo todos visionaram a bicefalia na liderança do PSD, com Menezes arrumado no canto dos tristes ignorados e esquecidos.
Assistimos depois ao replay do velho outro terror. Nada de barões e as escassas personalidades faladas, que outrora foram barões, afinal, estão agora gastas, velhas, sem fôlego e a cheirar a naftalina.
E, finalmente, o conselho amigo: Filipe Menezes tem de escolher para as suas equipas gente com perfil mediático, «elites» que alimentem jornais e TV’s, vedetas que sejam notícia.
A mensagem é clara: deixem-se dessa fantasia de comunicar directamente para e com a «populaça» - falem com os jornalistas, como os jornalistas gostam, deixem-nos à vontade que eles interpretam e eles é que hão-de espalhar o que entenderem!
E eles, os agentes da comunicação, lá estão a mostrar o que valem e o que projectam.
E é por isso que, até este momento, ainda não entenderam divulgar o conteúdo do discurso de Filipe Menezes, tornando-o perceptível.
Talvez tenham razão porque, relevante será, sem dúvida, a hora de chegada de Santana Lopes; e notícia é, certamente, a busca dos indisponíveis para líder parlamentar do PSD.
Bom, são as velhas tácticas.
Marques Mendes caiu nelas e viu-se quão funda foi a queda … para a solidão total!
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