Luis Filipe Menezes pode ter muita razão mas incomoda ver o presidente do meu partido a exigir publicamente cargos públicos não electivos para o PSD.
E a anunciar o seu candidato a presidente de um banco público que, naturalmente fica marcado e «queimado».
Se Cadilhe fôr nomeado para a Caixa Geral de Depósitos ninguém vai calar o «pagode de inutilidades públicas» de que a sua nomeação é apenas partidária; se não fôr nomeado, a hipocrisia arrogante do governo totalitário exibirá até ao fim da legislatura a «prova» da sua isenção e objectividade na gestão da coisa pública e a sua indomável capacidade para resistir às pressões partidárias.
O presidente do PSD deveria nomear alguém da sua confiança para divulgar a análise do partido sobre a política financeira e intervenção do Estado no sistema bancário e, com fundamentos técnicos, exigir as mudanças necessárias na organização, objectivos e orientações e funcionamento da Caixa Geral de Depósitos.
Eventualmente, o partido (jamais o seu presidente) poderia definir o perfil ideal de uma nova administração.
Mas, neste particular, com a discrição habitual, sem TV e sem jornais.
Nos meios da especialidade e perante a opinião pública, Cadilhe está muito acima do nível de «recomendável» a que Filipe Menezes o reconduziu.
Não merece ser exposto desta forma.
É pena que se insista tanto em facilitar a vida de um governo que só soube gerar miséria, paralisar a economia e ficcionar as finanças deste pobre País em ruina material e social.
O PSD não pode pedir partilha de responsabilidade e compromissos de entendimentos.
Até porque isso só é aceitável em relações com gente de bem, séria e bem intencionada.
Cabe ao PSD exigir responsabilidades e impôr-se pelas suas políticas e pela competência dos seus quadros, desenhando um futuro de progresso que contraste com este presente de impasse, paralisia e degradação progressiva.
Estamos todos à espera.
3 comentários:
Desculpe Sino, mas não concordo com o seu ponto de vista.
Este caso é uma enorme trapalhada. Não se esqueça que se trata de um banco privado. E que neste caso, está a ser "nacionalizado" pelo governo. Acho a situação inaceitável e a roçar o ridículo. O PSD não se devia ter envolvido, dando cobertura com a proposta de nomes para um caso tão escandaloso na conjuntura ditatorial que assola o país.
É apenas mais um grave exemplo da forma como os XUXAS se governam e inventam tachos para os boys, nem que tenham que assaltar empresas privadas.
A Bem da Nação, Sócrates RUA JÁ!
Meu caro Paulo: parece que estamos mas é de acordo. Referia-me neste posto à Caixa Geral de Depósitos e dizia que o PSD jamais deveria indicar nomes (pedir partilhas). Quanto ao seu comentário, creio se refere ao BCP. Leia mais abaixo, posto «até que enfim» e verá que estamos de acordo.Sino
Sino, tem toda a razão. Aceite as minhas sinceras desculpas.
Será que o PR nos vai dar um presente na mensagem de Ano Novo?
Ele não pode continuar a dar tantas abébias ao Socratino.
Estou ansioso.
Abraço,
Paulo Lopes
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