Até quando?

... o primeiro grande problema é que o PSD precisa de uma direita coesa e forte mas o segundo é que a direita também precisa de um PSD vivo e confiável! Até quando?

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Ministro da Saúde Está a Destruir o País

O ministro da saúde ultrapassou todos os limites do tolerável.
Toda a gente diz que é um técnico de administração da saúde de elevada reputação.
E ele tem sabido, com a mestria seráfica dos demagogos, espalhar aos ventos os méritos do que designa por as suas «reformas».
Não fora a exiguidade do território nacional, a velocidade de circulação da informação e a hipersensibilidade das populações para as questões sociais e Correia de Campos seria o ministro de maior sucesso.
O problema, porém, é que ele vive neste País.
O seu problema não é uma questão de informação, de que ele usa e abusa, nem de défice de explicação.
O problema é a própria essência das suas «reformas», são os resultados das suas próprias «reformas».
Não há plano, não há projecto, não há acção implantada que não tenha como consequência a quebra da confiança das gentes, a instabilidade generalizada e os mais catastróficos efeitos.
E, hoje, ninguém de juízo perfeito duvidará que ele é o político português mais irresponsável e perigoso.
Ele devia zelar pelo bem-estar social, a saúde e pela vida das pessoas.
Todavia, desconhece o País, a sua geografia física e cultural e as suas populações, ignora os profissionais de saúde, não sabe como funcionam as instituições de saúde, despreza as expectativas populares.
Mudar por mudar não é um objectivo racional.
Pode ser necessário e até útil, mas, para mudar, é preciso preservar a estabilidade social e, previamente, saber o que se muda, para quê se muda, com quem e para quem se muda, com que meios se muda, quais as consequências da mudança.
Não basta, muito pelo contrário, mudar por motivações de imagem, para pôr os amigos a propalar encómios pela «coragem de mudar» ou para «organizar espectáculos de luz e cor».
Importa, isso sim, ouvir a simplicidade de quem usa e esperar pelo juízo prudente de que «as coisas estão a correr bem».
E, para isso, não é necessário destruir nada bastando, a maior parte das vezes, simplesmente «melhorar» o que existe: um profissional mais, instruções claras, uma ligeira acção de formação, um novo equipamento, um horário mais adequado, mais expedita circulação da informação interna, harmonização das relações entre todos os agentes internos e externos, a integração na comunidade envolvente.
Correia de Campos, como Sócrates e outros, apostam, claramente, na pura e simples e egocêntrica «coragem de mudar e depois logo se vê».
O que lhe interessa é «desenhar» a mudança, impor a mudança apenas porque é mudança, sem curar de saber dos méritos do que é mudado e sem apurar da exequibilidade do que é novidade.
Já muito se falou das urgências e dos SAP’s.
O último escândalo envolve o INEM e os Bombeiros Voluntários e o sistema de emergência congeminado nos gabinetes do ministro.
Afinal, com a leviandade já habitual, o ministro não avaliou os meios e a capacidade de resposta do INEM e decidiu envolver os bombeiros, sem ter a mais pequena noção de quem são, como se organizam e funcionam, de quais os recursos humanos, operacionais e financeiros de que dispõem.
O problema não está, como é óbvio, nos bombeiros voluntários que cumprem exemplarmente as suas missões e a quem todo o país muito deve.
O problema está na ignorância e displicência dos decisores de Lisboa.
O País real, as suas instituições e o povo não têm sido encarados senão como cobaias de experiências perigosas promovidas por políticos irresponsáveis.
Governa-se para os amigos, os lobbies e para a Televisão.
É por isso que o ministro da saúde, presumindo-se um vanguardista, se converteu num marginal perigoso que o País Real quer ver desligado de qualquer função de responsabilidade nacional.
E com a maior urgência, porque já chega de destruição!

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